A discalculia trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado pela falta de capacidade ou aptidão para as atividades que envolvem os números.
Com relação a questão biológica é identificada como uma deficiência localizada em uma área específica do cérebro, resultando em uma ativação menos precisa. Isso significa que pessoas com discalculia apresentam dificuldades para entender os conceitos relacionados a Matemática.
Geralmente, os sintomas começam a aparecer já na infância, pois é quando as crianças estão em idade escolar. O professor pode ser um dos primeiros sujeitos a notar alguns sintomas do distúrbio, no entanto, vale lembrar que o responsável pelo diagnóstico se trata do psicopedagogo.
Entre os sintomas mais comuns que podemos observar estão:
- Dificuldade para fazer cálculos;
- Necessidade de contar os números nos dedos para realizar contas simples;
- Troca das operações;
- Não reconhecimento dos símbolos matemáticos.
Outro ponto importante a ressaltar é que, muitas vezes, as crianças em geral podem apresentar alguns dos itens citados, uma vez que elas estão no processo de aprendizagem, no qual acertar e errar é completamente normal. Entretanto, se a dificuldade for identificada como intensa e persistente a ponto de ocasionar perdas no desempenho escolar e emocional, é recomendado que a criança seja encaminhada para um profissional capacitado a fim de realizar uma avaliação e obter um possível diagnóstico de discalculia.
Além das questões já mencionadas acima, a discalculia também pode trazer como consequências para os alunos:
- Uma diminuição da motivação e desenvolvimento das tarefas relacionadas a temática da resolução de problemas e do cálculo mental;
- Sintomas relacionados a ansiedade diante de situações em que seja necessário o uso desses procedimentos;
- Presença de sentimentos como tristeza e auto culpabilização;
- Podem ser observados comportamentos recorrentes de uma baixa autoestima e olhar negativo sobre seu desempenho escolar.
Diante disso, é válido afirmar que a discalculia pode e deve ser tratada de forma adequada, pois se houver uma intervenção efetiva, há grandes chances de superação e desenvolvimento das capacidades matemáticas em defasagem pelo indivíduo com discalculia, contudo, algumas dessas dificuldades ainda podem, em muitos casos, se estenderem por toda a vida.